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O município de Porto da Folha, localizado no território do Alto Sertão de Sergipe, região semiárida, a pouco mais de 190 km da capital, orgulha-se de ter em sua construção populacional a presença das etnias indígenas, africanas e europeias. Margeado pelo rio São Francisco, a região foi palco de acesso aos colonizadores europeus, por volta do século XVII e é lá onde se encontra a única aldeia indígena do Estado: os Xokó.

O município é estritamente agrícola e pesqueiro, fazendo com que os costumes de sua população estejam ligados ao campo e ao rio São Francisco, mesmo estando em terras áridas do sertão brasileiro.

Com uma população estimada em 27.146 pessoas (Censo IBGE 2020), o nome do município deriva, popularmente, de um porto que existia na região e quando os europeus chegaram lá avistaram folhas de plantas nativas, que chamaram a atenção por sua beleza e grandiosidade. Ficou então conhecida como Porta das Folhas.

Turisticamente falando, a região possui diversos atrativos à beira do rio São Francisco, a exemplo: a ilha de São Pedro com a aldeia dos índios Xokó; a ilha do Ouro e os povoados Niterói e Mocambo, este último, comunidade quilombola, símbolo de resistência de lutas negras em Sergipe.

 


Camarão de Água Doce - Divulgação

 

Como o município fica em região árida, as tradições do campo estão presentes na gastronomia, como a galinha de capoeira, o ensopado de carneiro, além de pirão de galinha e de peixe. O camarão de água doce também pode ser bem apreciado nas mesas dos portodafolhenses.