Lagoa Redonda - Josué Christópher

Praias, dunas, coqueirais, rios, cachoeira, mangues e vilarejos de pescadores e artesãos compõem a paisagem de Pirambu, município que tem seu nome originado do tupi-guarani, que significa Peixe Grande. Localizado em uma área de proteção ambiental no litoral Norte de Sergipe, a poucos 32 km de Aracaju, Pirambu é ponto de partida para um roteiro ecológico, praiano, cheio de beleza.

Com ares de vila de pescadores, 60% dos seus 8.369 habitantes (Censo IBGE 2019) vivem da pesca e do turismo. A cidade é um dos maiores centros pesqueiros do Nordeste, principalmente do camarão sete-barbas, exportado para Bahia, Pernambuco, Alagoas, Ceará e Rio Grande do Norte. Recentemente também iniciou a pesca de atum em alto-mar, entre as plataformas de petróleo da empresa Petrobras.

Nascida no início do século passado, próxima à desembocadura do rio Japaratuba, Pirambu é um destino agradável e muito tranquilo para passar férias e finais de semana. Nas ruas é comum encontrar pescadores contando histórias das noites no mar, tendo como acompanhante somente a lua. Mas Pirambu não se resume a praia. Na região do povoado Lagoa Redonda, a paisagem revela um Pirambu pouco divulgado turisticamente, mas de encher os olhos, com sequências de dunas e muito banho de cachoeira, rios e lagoas. Vale ressaltar que essa região fica em reserva ecológica, ou seja, a entrada é permitida com autorização.

Do outro lado do município, nos povoados Canal e Touro, já na divisa com a Barra dos Coqueiros, braços de manguezais mostram uma natureza exuberante que permite o contato com ela, através de passeios de barcos, por um bioma, ora marinho, ora fluvial. Nesses povoados, nasce um polo gastronômico contando com bons restaurantes que servem, desde o tradicional pirão de galinha de capoeira aos frutos do mar.

 


Divulgação

A sede mãe do projeto Tamar no país foi fechada para visitação nos últimos anos, mas continua sendo um dos principais centros de estudos de tartaruga marinha do país. Em Sergipe são quatro bases responsáveis por soltar ao mar mais de 100 mil filhotes de tartaruga por temporada. O projeto Tamar, sendo um deles, monitora em Sergipe 119km de praias.

Pirambu foi a primeira base do TAMAR instalada no Brasil, em 1982. Sede da Coordenação Regional de Sergipe, monitora 56 km de praias de reprodução e alimentação das tartarugas marinhas. O litoral de Sergipe possui a maior concentração de desovas da tartaruga-oliva Lepidochelys olivacea no Brasil.
Quase 1200 desovas são registradas nas praias de Pirambu a cada temporada. Cerca de 80% delas são da tartaruga-oliva, a menor entre as tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil.