Em parceria com Setur e UFS, iniciativa coordenada pela Embrapa Alimentos e Territórios promove a valorização de paisagens alimentares em municípios sergipanos

Sergipe é lindo e tem grandes potencialidades que, agregadas, o tornam um estado único em belezas naturais e atrativos turísticos. Essas riquezas englobam, entre outros fatores, uma gastronomia cheia de cultura e diversidade. Diante dessa constatação, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado do Turismo (Setur), tornou-se parceira no Projeto Paisagens Alimentares, coordenado pela Embrapa Alimentos e Territórios, sediada em Maceió, Alagoas, e que também tem a parceria da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

O secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, destaca que a ação pretende valorizar as tradições e memórias relacionadas aos alimentos e sabores característicos das regiões sergipanas. “Esse projeto vem viabilizar o desenvolvimento da cadeia produtiva do turismo, de forma a desenvolver a economia criativa, por meio das ações integradas”, reforça.

O objetivo do projeto é o desenvolvimento do turismo em paisagens alimentares, priorizando a valorização, proteção e resiliência ambiental e social em territórios selecionados em três estados do Nordeste: Alagoas, Pernambuco e Sergipe. Em resumo, a paisagem tem que estar ligada à cultura alimentar e ao modo de fazer dos povos desses territórios.

Os critérios para eleger as experiências e territórios para o projeto foram: organização social do coletivo, situação da produção do ingrediente/alimento, segurança alimentar (higiene, procedência...), potencialidade turística da paisagem e cultura alimentar local. Foram escolhidas experiências e territórios ligados aos setores de apicultura, laticínios, mandioca, marisco e frutas nativas, diz Aluísio Goulart, analista de Inovação e Tecnologia da Embrapa e coordenador do projeto.

Em Sergipe

Inicialmente, fazem parte do Projeto Paisagens Alimentares os municípios de Indiaroba e São Cristóvão. Entre os dias 23 e 25 de janeiro, essas cidades foram visitadas pelas equipes que integram o projeto. Os técnicos das três instituições envolvidas acompanharam o especialista em turismo Richard Alves, reconhecido nacionalmente por importantes trabalhos no Ministério do Turismo. Contratado pelo projeto, ele participou de diversas reuniões com as comunidades e observou todos os aspectos e fatores que levaram à seleção dos dois municípios.

Essas visitas são uma espécie de imersão dentro do projeto, o que possibilita aos técnicos descobrirem mais sobre as potencialidades dos municípios e entender qual é a melhor dinâmica a ser adotada. No dia 23, em Indiaroba, por exemplo, além das visitas, foram realizadas diversas reuniões com o prefeito Adinaldo Nascimento, com um grupo de marisqueiras catadoras de aratu, com integrantes da Cooperativa de Produção, Comercialização e Prestação de Serviços dos Agricultores Familiares de Indiaroba e Região (Cooperafir) e com o grupo de catadoras de mangaba que integram a Rede Solidária de Mulheres

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A outra cidade visitada foi São Cristóvão, a quarta mais antiga do Brasil, cujo potencial histórico já é divulgado no setor turístico do estado há algum tempo. Por meio dos estudos realizados pelos integrantes do Projeto Paisagens Alimentares, foi identificada a forte presença de beijuzeiras, mulheres que preparam o famoso beiju à base da mandioca, ingrediente que está em foco no projeto naquele município. Outro ponto que será trabalhado em São Cristóvão são as marisqueiras e catadoras de aratu, que confeccionam a famosa moquequinha de aratu na palha.

Fonte e fotos: Ascom Setur